Doce feminino

O amor físico não passa de uma espécie de retorno ao instinto, uma espécie de reação.Depois do ato de amor, sobrevém um pouco de ódio ao ser amado, como se, de alguma forma houvesse penetrado muito longe na sua intimidade, violando de certo modo a liberdade feminina. Pois essa liberdade é o que mais vem a importar, é a significação de dois corpos dispostos a se amarem, apenas se amarem.

A bela e pura liberdade da mulher, vale muito mais que o amor sexual. O triste é o atraso do homem nesse ponto. Eles insistem pelo sexo, como cães descontrolados e cheios de fome. E a mulher tem de ceder aos seus feitios. Tão infantilmente teimosos os homens se mostram. Ou a mulher cede, ou temo-los a se comportarem como criancinhas malcriadas que destroem tudo com seus amuos.

Mas a mulher, pode ceder só na aparência, conservando-se livre e dona de si lá no infinito.

Quase sempre me pergunto:”Como criaturas tão doces,sensíveis e intensas se apaixonam por homens?”

As mulheres têm a profundidade e o mistérios dos oceanos , abrigam a tenacidade e a imensidão do céu no olhar, são sensitivas ao tato, são conquistadas nas estrelinhas do olhar.

Os olhos são as janelas da alma. Neles que vemos a sinceridade, a falta de pressa, o entendimento, a compreensão, a dúvida, e o mais importante, neles vemos o amor.

Otto de Albuquerque
Enviado por Otto de Albuquerque em 31/10/2022
Código do texto: T7639632
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