O povo que sangra é o que guarda a floresta.

Difícil escrever sobre um povo que sangra.

Talvez mais difícil ainda seja escrever sobre a floresta amazônica que está sendo religiosamente devastada, incendiada, vilipendiada.

Dói pensar nos ideais de vida e luta dos bravos que foram assassinados:

Chico Mendes

Dorothy Stang

Bruno e Dom

Sensação de perda de identidade, sensação de luta vã.

Que não sejam vãs as esperanças de um povo em corpos indígenas nus depositadas.

Que não percamos as esperanças quando o mal parece vencer o bom, o belo e o gentil e amoroso jeito de pensar e ser.

Que tenhamos forças e resistência para não desistir e que consigamos enfrentar toda a força negativa que ainda virá.

Porque ainda não acabou.

O mal por hora parece ser o que vingou.

No entanto a angustia que aperta o peito e sufoca a garganta quer eclodir em gritos cadenciados de revolta e rejeição ao mal que ainda impera nas terras abençoadas por Deus, dizem, e ainda esquecidas pelos homens ávidos de poder e cobiça.

Sejamos todos, a uma só voz, os defensores dessa terra rica e do povo dela originário.

O povo que guarda a floresta chora a morte de Dom e Bruno.

O povo que guarda a floresta chorou por Chico Mendes.

O povo que guarda a floresta chorou por Dorothy Stang.

Lutemos nós todos pela floresta, para que não se repitam mortes em nome da cobiça, contra a vida e a natureza bruta e bela, essencial.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 05/11/2022
Código do texto: T7643034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.