Me acompanhe poeta

_Venha comigo poeta, tenho algo para você. Sente nessa cadeira e assista. É seu passaporte para o real. Nada de obscuro e calafrios, só assista o que tenho para ti mostrar. Escreva sobre isso poeta da noite!

“ ...ela entrou como se eu não estivesse ali, estava nua, e deslizava entre sorrisos largos e inocentes, tão exuberante quanto a noite que entrava pela janela aberta, junto com o barulho do mar. Agora ele já estava nu também, tinha um corpo definido mas seco, era belo, o mais belo homem que já vi, o corpo da jovem se aproximou do dele, ele esperava parado. O corpo dela era feito de curvas, perecia ter sida esculpida pelas mãos de um artesão. Ambos se tocaram, suas mãos pareciam conhecer um ao outro, seus corpos exuberastes se encontraram em um abraço caloroso, acompanhado de um beijo dela na nuca dele, a mão do homem percorreu o corpo da mulher, passando por lugares que fizeram meu corpo reagir, fiquei quente, acho que mais quente que os dois. Ele a pegou no colo e a levou para cama, a deitou suave na cama e beijou seus seios, desceu até seu umbigo, passou por ele e encontrou a vagina dela, ela gemeu alto, meu corpo reagiu, ela gemeu mais e meu corpo pulsou. Ele voltou a ficar face a face com ela, ela sorria com um sorriso que não existia antes, estava em êxtase, seu rosto parecia ter sido soprado pelo sol de outono, os pelos do seu corpo estavam arrepiados, seus olhos percorreram o corpo dele, então ela a empurrou para o lado e agora ela estava em cima. Agora ela beijava o corpo dele, pude sentir aqueles lábios molhados, nesse ponto também já estava. Ela desceu em pequenos toques, passou os peitos dele e foi até o umbigo, chegou até o pênis dele e pude ver o quanto ereto ele estava, ela deslizou o genital dele para dentro da sua boca delicada, foi como, como, como se o meu corpo quisesse aquela boca mais do que a vida. Então ela foi deslizando seus lábios para cima e para baixo, o rosto do homem estava com expressões que nunca vi antes, ele sorria e mordia o próprio lábio. Então ela parou e carregou seu corpo suavemente pelo dele, até ficar face a face novamente, ambos riam como crianças, como se tivessem descoberto o céu. Mesmo excitado consegui sentir algo mais profundo, era uma cena linda. Ela levou sua mão até o pênis dele, então o aproximou da vagina dela, sentou, ambos gemeram de prazer, algo que não pude sentir, eles se movimentaram devagar, como se o tempo fosse aliado deles, depois de um tempo de movimentos repetidos, entre mordidas e beijos, ela deitou, suas costas perfeitas ficaram amostra, até o momento em que ele foi para cima dela, e penetrou seu pênis novamente, percebi a mão dela apertando o lençol, e o quadril se movimentar para cima. Novamente mordidas, gemidos e beijos. Novamente só pude sentir desejo. Por um momento achei que tinha acabado mais de repente os movimentos ficaram mais frenéticos, os gemidos mais altos, então percebi, ele esta gozando, logo adiante percebi, ambos estão. Eu senti prazer, eu quis estar no lugar dele, eu queria gozar, mas não pude. A cena foi linda, foi erótica, foi sonhada talvez, nunca presenciei algo tão agradável como aquilo, nada tão erótico. Ele se deitou sobre o corpo dela, e ficou por um tempo, dentro dela. Acariciou seus cabelos beijou deu pescoço, e veio até mim...”

_ O que acha poeta?

_ Não tenho palavras meu senhor. – fui o mais sincero que pude.

_ Vê o que faço, isso é sexo, tu pode sentir não pode? – balancei minha cabeça positivamente – E então eu lerei mais tarde o que escrevera não é mesmo, será intenso não será? – novamente balancei positivamente – Então terei inveja...

_ Como? Não entendi tuas palavras?

_ A arte da tua poesia me inveja, eu pude transar com ela como se estivesse nu céu, mais tu poeta, tu pode imaginar o sexo, tu pode escrever ele em detalhes, e pode se excitar. A arte da tua palavra me inveja, a realidade nem sempre é como o sexo, e me inveja a tua imaginação poeta.

_ Tu és loco, é o que é. Ambos temos coisas que os outros invejam, não percebe. Fizeste um favor a mim, eu farei para ti, escreverei sobre hoje, mas peço, não repita que inveja minha arte, não escrevo para mim, mas para os outros, não a o que invejar nisso, só quem pode invejar algo sou eu. Não posso sentir o prazer do sexo como tu sentiste hoje, a beleza das minhas palavras compensam a beleza que nunca tive. Vivo no meu imaginário para poder alimentar o teu, não me inveje nobre senhor, eu sou o único que inveja algo aqui. Com sua licença.

Uka
Enviado por Uka em 05/12/2007
Código do texto: T765317