Rastilho da alienação

Mentalizo um novo céu,

Sob os nossos pés.

Milhares de quilômetros,

Desconhecidos –

Nunca antes explorados.

Após tantas tormentas,

Sempre haverá outro amanhecer –

Iluminado,

Nunca estaremos perdidos.

A esperança –

A resiliência –

Baterá no peito,

Descortinando horas –

De extrema energia.

Nada se sobrepõe ao bem,

A nuvem de poeira –

Dissipara-se-a –

Sobre as retinas,

Luz pungente –

Flamejante.

Às vezes,

Somos incoerentes,

Com o que desejamos.

No fundo,

Só queremos –

Que tudo acabe bem.

Atmosfera pesada,

Ao nosso redor –

Dissipando-se.

No flagelo desumano,

Arrefecendo a piedade.

A falta de tempo,

Conflitos de interesses.

Espalhando-se a alienação,

Feito rastilho de pólvora.

Sem se preocupar,

Com o dia de amanhã.

Permitindo a realização do caos,

Cortando os freios.

Perversidades –

Não há nenhum pingo de remorso.

A crueldade fazendo as suas vítimas,

Deixando o rastro,

De dor e sofrimento.

Crescente movimento abrupto,

Demonstrando forças –

Sugando a energia vital.

No desaceleramento da humanidade,

Atingindo em cheio –

O alvo da involução.

Algum dia,

Pagaremos um alto valor,

Com o fim de tudo.

Não teremos como retroceder,

Nada de revés.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/11/2022
Código do texto: T7654157
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