Voltar para casa

Uma viagem insólita,

Os meus pés –

Em passos estratégicos,

Não tão seguros.

O coração,

Saindo pela boca.

São tantas –

As aventuras.

O que mais esperava –

O paraíso?

Deparei-me com pessoas bondosas,

Também cruéis.

A paisagem de tirar o fôlego,

Gradativamente,

Cedendo lugar –

Para a destruição.

A mente iludida,

Construindo uma civilização –

Completa e diferente,

Da qual eu enxergo –

Sem algum exagero.

O verde,

Tomado pelo asfalto –

O frio concreto.

Nuvens de fumaça,

Em todas as direções.

Qual será a motivação?

O progresso,

Deveria andar de mãos dadas –

Com a Mãe Natureza.

Entretanto,

Há o retrocesso.

E a iminente morte,

De tanta beleza.

O bem estar não mais existe,

A não ser a sensação –

De instabilidade,

Incontáveis perigos.

Cada vez mais próximos,

De nossas casas.

Transformando-se –

Em uma realidade sombria.

Com o mar e o céu,

Entregando a perfeição –

Sujeitos a poluição.

Desejo que algum dia,

Essa verdade –

Possa ser modificada,

Com enormes árvores –

Frondosas.

Aí eu terei a certeza,

De voltar para casa.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 25/11/2022
Código do texto: T7657694
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