Enredo em desalinho

A escalada do ódio crescente,

A tormenta e o caos.

Qual é a melhor defesa?

Em meio ao turbilhão –

De acontecimentos.

Atropelam as boas ações,

Desvalorizando o essencial.

Não há medida certa para a maldade,

Sobe-se os degraus da perversidade.

O duelo entre o bem e o mal,

Alimentando as estatísticas -

Fomentada aos olhares incrédulos.

Arrefecendo os sentimentos,

A frieza imperando nos corações –

O iceberg na visão fria,

Zero de empatia.

A vingança não nos levará,

A nenhum outro lugar.

O que nos completa é a justiça,

No anseio o amor prometido.

O equilíbrio na corda bamba,

O pisar dos ovos na estratégia –

O desejo pela sobrevivência,

No peito a resistência.

Cada peça no devido espaço,

O prazer puxando o ar.

Viver é exercício de atrevimento,

No bater de frente com o sistema.

Fugir dos percalços,

Recriar atalhos –

Através dos obstáculos –

Impostos pelos enredos.

Nunca se sabe,

Qual é o pensamento alheio.

O coração é terra,

Em que ninguém caminha.

Se somos várias caixas de surpresas,

Fazendo os outros de queixo caído.

A alucinação enternecida,

Do momento –

O esquecimento,

A perdição.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 29/11/2022
Código do texto: T7660714
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