O PASSADO NOS CONDENSA

Sacrilégio!

Desopilar as hastes assépticas do tempo e se entristecer.

Qual a hora do astro azul?

As paralaxes hão nas estorinhas mundanas, nas escórias e nos azeites amargos.

Sincronismo entre o inferno e o assombro.

Esperamos assaz da vida!

Qual o quê?

Somos moedas ocas em gelatina fresca

Nem escrevemos um prelúdio

É a nossa existência que nos confunde.

Seremos seres serenos e saberemos soar solenemente o sino da sina solta...

Ou clamaremos por versos ignóbeis a nos refestelar com alheio júbilo.

Escárnio!

Sobrar-nos-á a densa e sorrateira poeira

A nos encorajar, a nos provocar cacarejos.

E as luas ardentes congelarão nosso passado, tal medonhas cefaleias.

O passado nos condensa!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/11/2022
Código do texto: T7661615
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