O PASSADO NOS CONDENSA
Sacrilégio!
Desopilar as hastes assépticas do tempo e se entristecer.
Qual a hora do astro azul?
As paralaxes hão nas estorinhas mundanas, nas escórias e nos azeites amargos.
Sincronismo entre o inferno e o assombro.
Esperamos assaz da vida!
Qual o quê?
Somos moedas ocas em gelatina fresca
Nem escrevemos um prelúdio
É a nossa existência que nos confunde.
Seremos seres serenos e saberemos soar solenemente o sino da sina solta...
Ou clamaremos por versos ignóbeis a nos refestelar com alheio júbilo.
Escárnio!
Sobrar-nos-á a densa e sorrateira poeira
A nos encorajar, a nos provocar cacarejos.
E as luas ardentes congelarão nosso passado, tal medonhas cefaleias.
O passado nos condensa!