Prognóstico da violência

Genocídios escancarados,

O que antes acontecia escondido –

Hoje ocorre à luz do dia,

Quem diria.

Perseguições –

Julgamento –

Racismo –

A demanda do narcisismo.

A morte à espreita,

De olho em cada esquina.

Sobreviver –

Estratégias de guerrilhas,

Aprender, triste sina.

Desde cedo,

O prognóstico da violência.

A polarização,

Cidadãos de bem –

Tecendo o ódio,

Em suas teias –

Enveredam o pavor.

A população simples,

Antes tachada de vermes –

Por uma elite sórdida,

Sanguinária.

Vivem uma realidade paralela,

Enquanto, os ricos,

Munidos pela ganância –

O luxo no metaverso.

Grande parcela,

Tendo o salário mínimo –

Como desafio.

Ignora a própria sorte,

Usada como degraus –

Pela minoria.

Quando menos se espera,

Vem o descarte.

Como um troço qualquer,

Peça descartável.

A velha massa falida,

Modulada –

Amassada –

Sem o menor conforto.

Desprovidos –

À míngua –

À Deus dará –

Sovada.

Como gados marcados,

Sem a menor proteção.

Nem a pretensão,

Em acordar da ilusão.

Patéticos –

Alucinados –

Na engrenagem do retrocesso,

Fria e enferrujada.

Pessoas do outro lado,

Convivendo amedrontadas.

Buscando o abrigo,

Fugindo do perigo.

Não pode se deixar enveredar –

Pela baixa energia.

Antigas questões,

Voltam a tona –

Para serem resolvidas.

Borbulhando como ameaças,

Entornando o caldo.

Quando teremos o reverso,

A paz – O rescaldo?

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 04/12/2022
Código do texto: T7664496
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.