Vôo do Pombo

Das origens mais simples da pobreza

Aquela criança nutria um sonho: voar.

Correndo pelos campos e campinas

Todos os dias envolvido nos desafios.

Era preciso voar.

Não podia ser vôo de águia e nem gavião.

Queria um vôo elegante e de paz.

Dos campos aos gramados,

Crescendo e saltitando,

Ia treinando vôos ligeiros.

Sabia de tantos que também tinham esse sonho,

Mas seu vôo nunca deixava de ver a raiz:

Da pobreza e da escassez,

Da miséria política e da insensatez.

Seu vôo atinge o pico das alturas,

E seu olhar se mantem na terra.

Deixou em sua terra, em seu país,

Colaboradores do pombo voador.

Novos pombinhos saltitam nos gramados,

E vibram com sua danca de pombo.

Quiseram melar alegando desrespeito,

Mas até o comandante do vôo, quem diria,

Entrou na dança.

Hoje mesmo sem a copa

Me dou por satisfeito de ter visto o pombo da minha terra, voando e espalhando paz,

Espalhando um grito por justiça,

Uma luta pela vida.

Continue a voar, pombo da minha terra!

Leve tantos pombinhos que hoje se encantam

E se espelham em você, na sua danca pela paz.

(Homenagem ao pombo Richarlyson)

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 07/12/2022
Código do texto: T7666676
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