Ode ao filho

Procuro meus fantasmas e lhes ofereço todos meus chãos descalços onde dancei a valsa dos mil pecados.

Procuro a infinita risada da árvore que me nutriu o filho. É a vida que me salta aos olhos e as narinas como o oxigênio em trânsito rítmico perante os olhos dos anjos sem asas.

As nuvens se dissiparam e o sol repousa como gentil manto sobre o filho da minha carne.

Todos os segredos que os meus fantasmas me contaram são totens, artefatos para gerações.

A palavra que açoita, agora acalenta e nina toda a juventude.

Filho eu fui

Agora pai eu sou

Tim Soares
Enviado por Tim Soares em 25/12/2022
Reeditado em 29/12/2022
Código do texto: T7679213
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