No Cerrado Faço Festa

No cerrado faço festa!

Cheiro de capim, de orquídea, de flor de caju. A madeira encarvoada exala o cheiro daquela chuva chegada e partida. Foram lindos aqueles dias.

Num carreiro feito por bois, andando a encontrar o templo no mato ao tocar da terra, da planta, do gosto de mato.

Sua fascinante obra, o Sol, reluz cores douradas do seu Ser. Trazemos, assim, nossa vontade de viver.

Que cheiro bom é estar no cerrado pré molhado. O cheiro da gota do orvalho tocando a planta e o chão. Brilham as reluzentes cores que traz o brilho do maior astro aqui presente.

A festa no cerrado é de andar descalço num caminho de areia que massageia, cureia o pé e o corpo.

Lá no cerrado, na festa que se faz, é de frutas demais. A cagaita, o caju e o pequi cru são as deliciosas frutas do Cerrado e deliciosos aperitivos para os encontros daquelas festas.

Amigos, livres, percorrem campos e grandes matos. Lugares onde se faz cachoeira, rios em dias de chuvas, são percorridos pelos convidados da festa. Lá o encontro é com as araras, a jibóia, o boi, o cavalo e os pássaros. Oh, lindos seres, belos seres.  

As Pedras brancas são enfeites do cerrado.  Abrilhantam tudo aquelas branqueadas pedras reluzentes no chão. São esses caminhos e muitos outros vários deles que percorremos a vida no Cerrado.