Alma dilacerada

Sangue circula rapidamente pelas agulhas que rasgam a pele, penetram nas veias sobejas, cujas dores físicas não são mais intensas que as dores da alma.

Alma dilacerada pelo tempo e espaço tristes, com pessoas tristes, olhares tristes... Não há piedade divina, nem tampouco recompensas, apenas o outro dia.

Dia, mais um dia, e lá vai o descanso, o esquecimento e tudo recomeça. Às vezes um afeto, às vezes um penar. Vida e sonho interrompidos, até o fim do repousar eterno.

Eterno será o dia em que corpo, alma e espírito fruirão saudáveis com o sangue límpido, vivo e perfeito. Que a punição dará lugar a salvação.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 05/01/2023
Reeditado em 06/01/2023
Código do texto: T7687848
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