Remoque.
É difícil suportar a zombaria que atormenta,
Com esta minha natureza humana impassível,
Essas que trazem o sarcasmo com dor violenta,
E que torna a bestialidade ainda mais insensível,
Estas que ocasionam um prazer que anestesia,
Incitam o íntimo a uma redenção improvável,
Inserem consternações nesta infeliz travessia,
Aplaudindo a ação fracassada e insustentável,
É complexo agüentar a risota bárbara e lenta,
Aos pés do categórico e decisivo ego latente,
Que se apresentam na ansiedade que acorrenta,
Erguendo-se em face melancólica morosamente,
Estes que fingem estarem num encanto e alegria,
Que desconhecem os caminhos praticando atalhos,
Hilariedades absurdas, infladas de fereza e ironia,
Cingidas nas ponderações de viciados atos falhos,
E é por esta aflição que minha alma agora lamenta,
De sentir num sorriso um escárnio que não queria,
Que esquadrinho nesta planura que me sustenta,
O abraço de quem me entende, nesta triste poesia!