A Astronauta

Silêncio no espaço,

nem ao menos o tintilar

do coração.

Na espaçonave,

havia um leito,

lubrificantes,

cápsulas

(que poderiam tornar

a viajem menos

agradável)

e o meu vazio.

Impulsivo,

quis abocanhar as

estrelas,

mas não tive permissão.

O nome dela era Vanessa,

Bruna ou quem sabe Lorena:

nom de guerre ou pseudônimo.

“Vai e vem” sobre o

corpo em queda livre.

Mesmo sem carinho,

mesmo sem amor,

consegui avistar o céu.

Hoje,

estou à procura de

um neurocirurgião.

Talvez minhas memórias

possam ser apagadas,

pois de saudades

não quero morrer

aqui no chão.

Renato A
Enviado por Renato A em 30/01/2023
Código do texto: T7707273
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