A Eternidade em Nós

 

A seiva se quebrando nos finos dedos,

As estações cobrando de quem tem medos,

A essência escondida a remar pra dentro,

Os pés a pisar o sereno da planta, ainda broto;

O prato do dia cala o engano.. .é o cedro.

 

As ruas usam espartilhos e o céu as estrelas,

O indicador indica as fagulhas e as velas acesas,

Jesus morto, vive na boca dos homens e as teias

Carregam passantes que rasgam as meias.

 

A virtude nem sempre está na pagagem humana,

Os olhos cortam as costas, a voz não sana.

O estado de dor cresce o eu e a mente emana

E entende agora para o que veio e plana.