Um tequinho enorme

Cléber tinha um dedo atrofiado.

Um dedo atrofiadinho tinha Clebinho.

Não pergunte a razão

Seria indelicado regundo qualquer todo livro de etiquetas sociais

Embora Clebinho não se importe.

Ele não se importaria, mas

Não faça a pergunta, eu lhe imploro.

Manu não tinha um dedo atrodiado.

Um dedo atrofiadinho não tinha Manuzinha

Você nem cogitaria perguntar a razão.

Seria brisado regundo o julgamento de qualquer pré - adolescente centrado.

Embora Malu não se importe.

Ela não se importaria, mas

Não cogite, eu lhe peço.

O que vem antes é história

Mas o ponto é um

Malu e Clebinho se apaixonaram

Perdidamente do jeito certo.

Mas Malu tinha pavor do tal

Dedinho atrofiado.

Dava nervoso,

Um baita nervoso.

Um caso sério

Chocante

Pavoroso

E vergonhoso.

Beco

sem fundo

Zero sombrio

Nadica de nada tudo e gigantesco

Ela amava

Intensamente, mas

O dedo

Distribuía nervosos infinitos por min

Ela orou

Silenciosamente

Nuns gritos

Susurrados

E de tempos em tempos

Pouquinho em pouquinho

Teco em teco

Foi mudando, diminuindo.

E

Milagrosamente

O descorforto foi transformado

Em Nadica de nadas

N.V - 01/2023

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 11/02/2023
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