PSIQUE

Psique é uma diva grega de exuberante beleza.

Tão bela que nenhum humano teve coragem para esposá-la, mas por obra da inveja, ela foi aguilhoada pelo magnífico deus do amor, Eros.

Da mitologia, Psique figura para a ciência, personificando a Alma Humana.

É o sopro que fornece o ânimo à vida e suas adversidades.

É o sentir abstrato de tudo que nos rodeia ou ronda.

Que alguns já defendem como a Mente Consciente dos atos humanos em todos os tempos, chegaremos lá.

Mas, ainda, não estamos tão concretos assim.

Essa relação humana com tudo que existe, deveria ser muito bem educada e moldada, no como e quanto nos reconhecemos, no como contagiamos o próximo em nossas expressões.

Se no mal ou no bem nos manifestamos, conscientes, deveríamos estar em vigília constante para sermos sempre o Bem.

Educada a Alma Humana, seria livre de carências e paixões externas, não buscando seu externo bem-estar que na realidade é a sua própria prisão.

Ao contrário, a Psique comportada almeja encontro com o seu mundo interior outorgando dignidade à Vida.

Compreendendo que na formação humana existem variáveis tanto sutis como densas mas sempre num espectro unitário como a composição do raio de luz branca.

Como bons discípulos admitindo essa dualidade equilibrada na unidade, o que nos faz humanos.

Como mestres, transmitindo a realidade na vida prática do fiel da balança que também nos torna humanos.

A Alma compõe-se por vivências que extrapolam o corpo físico, tão fluidas e etéreas que ficam difíceis de educar, porque desde criança recebeu apenas informações concretas, o complemento ficou aprisionado num baluarte secreto.

A Psique é de prognóstico instável e imprevisível entre o nosso ciclo das ideias e nosso ciclo físico quanto sua aplicação consciente na prática.

O humano é capaz de pensar, mas para ele é dificílimo sentir e quase impossível agir na razão do que foi pensando.

O mundo instintivo e bruto ainda é muito forte, tornando a linha que unifica os componentes humanos bastante pontilhada.

A mente segue o seu caminho.

A Alma delicia nas emoções.

O ínfimo corpo satisfaz apenas o vital na sua pobreza material.

Com a Psique mal formada, os humanos são incompletos.

Buscam um corpo sarado, uma beleza fictícia, riquezas ilusórias e arrastam um hardware espantoso nas costas.

Uma alma encharcada de sonhos mortos.

Uma mente dilacerada por decepções.

Um coração repleto de dor.

São humanos de Alma falsa e débil.

Aparentam uma pretendida segurança, mas são cobertores de carências.

São humanos mascarados em sorrisos fartos de desesperos, de angústias, de medos e negações.

Caminham sofrendo na mentira de emoções saudáveis e intelecto dígno.

No entanto, cristalizam obstáculos gerados na própria mente.

Não lhes é possível tomar posse do si, seus Eus Divinos.

Caminhar na retidão consciente das próprias razões.

Ter o domínio próprio da engenharia de suas próprias estruturas humanas.

Sem educar e moldar a Alma, é impossível alcançar a central energética que fornece a mais potente fase da claridade das virtudes humanas.

O todo reconhecido e manifestado por seu molde mais Belo, a própria Essência doando sua chama sagrada lapidando o Amor Verdadeiro para si e para o próximo.

Texto inspirado em anotações de cadernos do curso de filosofia, explanações de diversos professores e, lógico, com mesclas nas teorias Freudiana.