Xadrez

Grito através dos silêncios que não ouso quebrar

Falo pelas ações que movem as peças do tabuleiro

Findados pactos covardes feitos sem minha anuência

Observo o passo a passo das revelações veladas em si

Sinto o ódio que dirijo-me por mover precipitadamente a rainha

que sacrificada ao prazer alheio serve de peão

Parada, contida, escassa, qual casa é um lugar seguro?

Sigo trancada dentro de meus rancores e abstinências em uma torre de fantasias

Quero fugir, sumir, ser vista

Galopar em um cavalo que me leve pra longe do fim

Ou pra longe de mim e de meus pensamentos absurdos

Mataria sem dó o rei só para ter meu xeque mate.

Tatiane Pereira dos Santos
Enviado por Tatiane Pereira dos Santos em 11/03/2023
Reeditado em 11/03/2023
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