Xadrez
Grito através dos silêncios que não ouso quebrar
Falo pelas ações que movem as peças do tabuleiro
Findados pactos covardes feitos sem minha anuência
Observo o passo a passo das revelações veladas em si
Sinto o ódio que dirijo-me por mover precipitadamente a rainha
que sacrificada ao prazer alheio serve de peão
Parada, contida, escassa, qual casa é um lugar seguro?
Sigo trancada dentro de meus rancores e abstinências em uma torre de fantasias
Quero fugir, sumir, ser vista
Galopar em um cavalo que me leve pra longe do fim
Ou pra longe de mim e de meus pensamentos absurdos
Mataria sem dó o rei só para ter meu xeque mate.