A Arte, e o novo Tempo 41

Não sairia sozinho do palco.

Uma mulher de fino trato apareceu da parte interna, a passos decididos.

Mulher! Nem tímida, muito menos, empunhada de qualquer empoderamento agregado da luta.

Mulher no arquétipo da deusa Perséfone. Aquela que demonstraria, pela expressão de corpo, e fala, que havia calibrado seu ser nas questões do outono e do inverno da sua alma, bem como sabedora do usufruir as estações da primavera e do verão do mundo do alto.

Daquelas que recusaram o endurecimento do ser pelo sofrimento, sacramentaram-o , vivendo no caminho do meio. Boas entendedoras do viver o céu e o inferno dentro.

Maravilhosa! reluzia na naturalidade. Em seu vestido longo, seguia com os pés descalços em direção ao protagonista. Assoviava uma música antiga Egípcia.

*** *** ***

Tão logo chegou, anuncia:

---- Meu amigo! A tempestade passou. Viste?

A Lua, e seus ciclos. Vamos! Tem muito o que fazer!

A Grande Obra te aguarda.

Saíra abraçada ao protagonista, continuando a assoviar a música.

E ele, seguro. Amparado pelo ombro amigo.

Foram se retirando , esvaecendo junto, as luzes que iluminava o palco.

Márcia Maria Anaga( Direitos Autorais Reservados, publicado no site Recanto das Letras)

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 17/03/2023
Reeditado em 17/03/2023
Código do texto: T7742250
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