Fronteira do Pensar

 

Cachos foram ao chão tirados da boca,

Talos grandes, verdes que dão no couro

Sentido sem sentido de beijo a beijos,

O tapa dado no vento e a marca na cara,

Redemoinho, desencontros e soberjos.

 

O esfregão vai passando a lavar a língua,

A borracha no caderno a tirar a ingua.

Choques de geração na política do medo,

Trombo nas esquinas do pensar diferente,

O brotar expulga os céleres fardos.

 

Tudo parece com o cordão azul e vermelho

Qual cordão tomar partido, domínio, o velho?

Novo? O corpo e a alma num respirar fundo

Perpassa a linha do inevitável conflito fundado.