Maré mansa

Maré mansa

Félix Maier

Das águas revoltas da Maré bravia,

Um ministro valente se aventura

Em terras hostis onde a lei não vigia,

Onde a dor e o medo são a cobertura.

Com pobre de marré ele fez a caminhada,

Como excursionista em solo muito perigoso.

Sem segurança, só com a bainha da espada,

Sua coragem é um exemplo grandioso.

O anjo da guarda foi seu escudo forte,

Nas ruas onde a morte é soberana,

Onde a polícia só entra com sorte

No caveirão que apavora a paisagem urbana.

Que a Maré se torne mansa e traga novo aporte.

Que o bravo ministro não repita a ação insana.