Merdas cagadas ou malfeitas!...

Espelho, espelho meu!...

...Existe um poetinha mais racional que eu?

Enquanto tanta gente imagina os poetas vivendo em cenários paradisíacos nos seus momentos de criação poética,

vejam aqui um bom local de inspiração racional:

Aliás, tem já um largo tempo que substitui aquelas tradicionais revistinhas inspiradoras, por canetas esferográficas e caderninhos de rascunhos na privada.

Então vejamos alguns acréscimos meus na sempre estridente e esclarecedora sabedoria popular...

Neste lugar solitário...

...Onde a vaidade se acaba!

Tantos covardes se esforçam...

...Muitos valentes se cagam.

* * *

Sonora e esteticamente, aceitemos que essa minha primeira “Ode”, seria bem melhor que esta (acréscimos semânticos e ajustes silábicos meus...) outra “mensagem” popular,

Imaginária (ou efetivamente...) gravada a caracteres merdásticos em certos banheiros públicos:

Neste lugar solitário

Só falta descer urubu!

Quando a merda bate n’água...

...Fedentina molha o teu cú.

* * *

Entendam, por favor, que ora estou republicando isto sem nenhuma intenção de provocar quaisquer choques culturais ou falsos chiliques, gente!

Quando deveríamos reconhecer que até mesmo algumas realidades domésticas – e muitas hipócritas vidas interiores!... Moralmente, fedem mais que tais banheiros, em determinadas ou assiduamente recorrentes circunstâncias do cotidiano cada dia menos laborioso da população brasileira; mormente nas crescentes e já expressivas camadas carentes da sociedade, esses tantos indivíduos desinformados, ingênuos ou malandros que parecem ainda acreditar em coelhinhos da Páscoa ou Papai-Noel, e assim poderem sobreviver indefinidamente com dignidade humana e social apenas ancorados nos escassos valores do programa Bolsa Família e alguns “bicos” produtivos esporádicos, sem sacrificialmente buscarem urgente e necessária educação escolar regular ou supletiva e o trabalho assalariado, mesmo na condição inicial de aprendiz, mas já com carteira de trabalho assinada e valiosa proteção previdenciária.

Sinto muito...

Armeniz Müller.

...Oarrazoadorpoético.

(Texto meu de 2015, recentemente revisado).