A lagarta
Daquela janela pequenina,
Ela tantas vezes se viu,
Presa ao se encantar com a vida,
Que linda corria lá fora;
Longe de qualquer sonho possível,
Ela sonhava...
Sonhava ultrapassar a janela,
Ou quem sabe até mesmo
A gigante porta adiante,
Mas era só uma lagarta,
Feia e sem esperança,
De que para ela olhariam.
Mas continuava a sonhar
Sem sequer entender o porquê,
Com as coisas que não via,
Com tudo o que não podia.
E um dia como mágica
A lagarta se viu com asas
E foi levar seu encanto
Para outras que assim como ela,
Tão sem encanto se viam
Helô Silva