A lagarta

Daquela janela pequenina,

Ela tantas vezes se viu,

Presa ao se encantar com a vida,

Que linda corria lá fora;

Longe de qualquer sonho possível,

Ela sonhava...

Sonhava ultrapassar a janela,

Ou quem sabe até mesmo

A gigante porta adiante,

Mas era só uma lagarta,

Feia e sem esperança,

De que para ela olhariam.

Mas continuava a sonhar

Sem sequer entender o porquê,

Com as coisas que não via,

Com tudo o que não podia.

E um dia como mágica

A lagarta se viu com asas

E foi levar seu encanto

Para outras que assim como ela,

Tão sem encanto se viam

Helô Silva

Helomidade
Enviado por Helomidade em 19/04/2023
Reeditado em 24/05/2023
Código do texto: T7767298
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