Por falar em inseguranças emocionais...

Pensemos num hipotético e exultante grupo de jovens engenheiros e arquitetos coçando mãos e cabeças, todos doidinhos para incrementar mais algumas alterações e ampliações num recente projeto seu que estaria sendo já confortavelmente habitado por seus adquirentes, no intuito de aprimorar suas criações arquitetônicas, assim pensando em valorizar os imóveis e agradar seus recentes proprietários... Será que tais incrementações seriam aceitas pelos proprietários como normais?

Trazendo tais hipotéticos acontecimentos para o campo da criação literária, acreditem que eu também inúmeras vezes procedo assim em relação aos meus textos postados ou publicados. E pensar que muitos leitores conhecem até mesmo os meus rascunhos, aiaiai, todos em muito piores situações que aqueles trabalhos escolares de alguns impetuosos e inseguros alunos do Fundamental, todos ávidos por melhorar enésimas vezes o conteúdo e apresentação de seus trabalhos escolares, a ponto de malandrinhamente chegarem a retirá-los da mesa da professora para tal fim, impulsivos e imprudentes como só eles conseguem ser nessa preciosíssima idade, mas desbragadamente sonhantes em conquistar notas máximas com méritos escolares, e assim logo ver suas mesadas mais ainda melhoradas.

Complicado isso de tentar, tentar e tentar arranjar um jeitinho de merecer nota dez, fazendo acréscimos ou supressões tresloucadas em trabalhos já concluídos e encaminhados, não é mesmo?

Vixe! Nem bem acabei de postar esta minha reflexão atual, e confesso que já estou sentindo aquelas minhas coceiras emocionais, elas que sempre e sempre me levam a meter uma primeira edição de texto assim mesmo, de prima...

...Será que alguém entendeu o que eu quis dizer? Será mesmo que ficou bom assim? E será que isto vai ser útil para alguém que possa ser ainda mais inseguro que eu, nos seus momentos de tomada de decisões?

Sou assim, inseguro prá dedéu... Mas que fazer quanto a isso, não é mesmo?!?

Agora, imaginem eu falando em público, ali onde não se admite editar nadicadenada...

Armeniz Müller.

...Oarrazoadorpoético.