Me Conta!

Viríamos? Para onde iremos? Voltaríamos depois da partida, para continuar construir a história? Ou, destruí-la?Qual? A Sua? A Minha? A da nação a qual pertence? Quem somos? Quem tu és? Seria o que foi sepultado num túmulo qualquer de meados do século passado? Ou, aquele que decompôs num mausoléu no Oriente? Teria condições de manter o dito, de que somente tua religião é a certa? Morreria por uma ideologia? Qual a graça da aventura, para dizer a uma criança quando for indagada por ela, se vale a pena viver? Seria honesto em respondê-la? Mataria o sorriso desta alma que está a despertar? Mexeria no tacho e responderia o óbvio da lógica?

Qual dimensão em si desabrocha quando encontra com um desafeto seu? Seja sincero? Consegue vê-lo falível como tu? Perecível, solto por aí para agir a qualquer custo para sobreviver, dar conta da própria vida? Qual o ânimo que aflora no entendimento seu quando está contigo ao travesseiro, numa visita inarredável da tristeza, da falta de signifhcado que encontra para estar tanta gente guerreando, competindo, destruindo-se mutuamente, fortalecendo o forte, e enfraquecendo cada vez mais a parte mais fraca? Como faz quando não tem ninguém por perto, somente você, invadindo no seu ser o desprezo pelo homem deste hoje, sentindo-se estrangeiro em terra estranha na Terra?

Consegue ter gosto de como você degusta a vida? Mesmo que, por mais que, tudo possa, de repente, não passar de uma tremenda piada de mal gosto?

Consegue se ver numa vida com sentido? Mesmo vendendo água na esquina, ou, quem sabe, por detrás de uma mesa, na diretoria, num cargo, numa corporação ganhando muito? Ou, ainda, skb a execução de uma sentença condenatória do destino. Portando uma doença crônica, ou degenerativa?

Tem conseguido não enganar a si mesmo de que é feliz? Por quanto tempo mantém-se no mundo do Peter Pan?

Qual o preço que você dá a si?

Não passaria por tanto, e nestas horas jogaria tudo que é no lixo...seria burrice não fazer seu significado.

Consegue se achar em condições de dar e receber afeto, prazer, irrestritamente, mesmo não engatilhado com um interlocutor que vibre na mesma sintonia? Daquele jeitinho que somente você gosta?

Vive ebulindo em seu interior de tudo que envolve a danação, a gula para estar para a vida, para o amor?

Tem pressa para morrer? Ou, arruma desculpas para pedir a Deus para não levá-lo ainda, omitindo a verdadeira razão, de que apesar de tudo,

Ama viver?

Pensa?

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 01/05/2023
Reeditado em 02/05/2023
Código do texto: T7777679
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