Inquietações
Vou me perdendo mar adentro,
na imensidão dos meus pensamentos,
tateando universos habitados, ou talvez, esquecidos ...que gritam, afloram dentro de mim,
me trazendo a dor desse martírio, esse sofrer,
me consumindo em dúvidas, todo meu ser,
uma adaga cravada no peito, ardendo, queimando, ferindo...
Sinto como se estivesse a cair num precipício, um terrível labirinto de caos, entre dúvidas, lampejos, devaneios...
Como se viver fosse algo banal, onde os sonhos morrem nessa vida real, e só resta a incerteza de um amanhã talvez
E nesse silêncio sangrento, nesse torpor violento, vou dedilhando versos no afã de reencontrar...minha essência a gritar.
Ainda trago comigo, o brilho no olhar
... com tesouros, mistérios escondidos
a espera de por si desvendar,
Ainda trago guardado no peito,
a força perene pronta a se libertar...
Preciso reencontrar a fagulha de esperança, que hoje são remotas lembranças, preciso recomeçar.
Voltar a crer que é possível vencer
Apesar das incertezas, posso ver, que aqui no meu sangue existe o querer...
Querer amar...
Querer sonhar...
Querer sentir...
Querer ousar, sem hesitar, me apegar a única chance de lutar, mesmo sangrando, me desfazendo, separando, unindo, cada retalho de mim.
Para me fazer novamente inteira, um novo começo, e não um fim.