Verdades de minha vida.

Aproximei dá não tão velha cidade, me aproxime a pé, de passos lentos e cansado. Na verdade, me era uma cidade desconhecida, más seguia meu destino. Bom já havia caminhado uma légua ou um pouco mais, minhas vestes embarreada, minha mochila pesada, já me incomodava. Procurei uma bodega, lá tudo era feito de madeira, mesos o chão que era de chão batido, bem varrido. Procurei por uma cachaça, acabei bebendo umas três, paguei seguindo viagem, com poucas referencias de onde estava indo.

As ruas não passava de quatro ou cinco, de talvez um quilómetro de comprimento, na direção que sabia ter de seguir. A chuva deixava de cair, más a roupa molhada e a mochila já incomodava. Aí abordado por ciganas, havidas por ler minha mão e cercado por olhares de soslaios de moradores, me desculpei com razão visível, de um semblante de forasteiro em viagem.

Foi minha entrada, na minha própria história do Oeste de Minas Gerais, que ainda quase intocada por maquinários, parecia um belo quadro, que um dia poderia reproduzir. E neste quadro desenharia a estrada, esta que ainda teria de seguir, até o endereço a que me propunha.

A estrada, a determinação dá chegada, a carne trôpega e cansada era pura admiração, pelo unguento colorido das araras, dos canários e pássaros pretos, que pareciam não querer dividir espaço, más se comprimirem em pequeno palco, regido pela natureza milenar de suas espécies. E eu que cansado invadia, talvez fosse entendido como pacifico e inofensivo transeunte.

De longe avistei meu endereço, um tapearão na baixada, sem curral por perto do pátio gramado, que exibia velhas montarias, pastando despreocupada. Logo quando menos esperava, estava cercado por cães, que me farejavam em silêncio, e pareciam me escoltar até a porta entreaberta, que me fiz anunciar.

Estava em uma fazenda de parentes, prosperando na agricultura, com sonhos de enriquecer rapidamente, pelos implementos agrícolas, maquinários e eu um parente esperado para ajudar na lida.

Até hoje não tem claro porque dá contratação, embora tenha concordado em uma reunião de família com os termos de paga combinado. O caso deva ter sido combinado, para me dar uma oportunidade de sair do município de nascimento, onde vinha lutando como militante estudantil, com sérias consequências sociais, pela idade e em, época de ditadura militar. Só que me agradei dá proposta, sem questionar os motivos reais dá proposta em si, já que estava bem empregado para uma cidade próxima dá capital do Estado, a lógica seria questionar o convite.

Bom após alguns dias de fogão a lenha, e noites de lamparina, aprendi o trabalho e já dominava o trator com os implementos, produzindo como peão.

Assim ajudei na colheita de uma grande roça de sorgo que lá já existia, também preparando a terra para plantio de arroz, intercalando o serviço no preparo das terras de fazendeiros vizinhos, que não tinham ainda, se aventurado em dividas bancarias na compra de seus equipamentos.

Uma vida de aventuras, onde a simplicidade caminhava com a falta de informação, emprestando uma ingenuidade digna de uma fabula, que não saberia mensurar, já que o encanto do progresso tomava conta dá alma de toda região.

Bem assim depois de muito trabalho, com colheitas prosperas promovida pelos cuidados, que a tecnologia oferecia, me despeço do meu berço de aprendizado rural e volto para "casa", junto dá família.

Cheguei e fui para o exercito, escolhido por sorteio, tive que prestar as provas, de matemática, geografia e enfim, o ritual militar para tornar-me soldado, Passando nas provas esperando pela farda, meu pai intervém e, me pede para entrar com o recurso de Arrimo de família, ele conhecendo minha posição politica temeroso, conseguiu que os oficiais me colocasse entre os 20 a serem chamados, em caso de algum dos soldados, dá minha turma que lá serviam, fossem incapacitado por sífilis, ou outra comodidade.

E "o tempo não para", assim entre Jundiaí e São Paulo, Campinas e São José do Rio Preto trabalhei de caminheiro á "legista"- vendedor, balconista, além de outras tantas funções. Chegando ir trabalhar lá na fria Santa Catarina, como guarda no meio da mata em uma fazenda de uns 700 alqueires, para evitar a derrubada de Araucária, já que a empresa tinha uma trilha para escoar a extração de Xaxim, que feito vaso seria entregue em São José do Rio Preto. Más por azar, presenciei uma equipe de predadores de Araucária. Eu a uns 40metros entre a vegetação escondido, de cima de uma colina, ouvia a moto serra, via alguns cavaleiros e ouvi o gemido longo e triste de uma Araucária, que estrondou, em um final triste e melancólico, fazendo do silencio um funeral triste e criminoso. Logo fui avistado e alguns cavaleiros me cercou, Querendo ser gentil para não me assustar, sua rudeza dá vestimenta ao linguajar me estarreceu. Bom como um bom Guarda mata falei de diversos motivos e intenções de estar por ali, assim como acreditassem, saíram sem se despedirem de perto de mim. Claro com o perigo eminente, fui para São José do Rio Preto, no caminhão cheio de vasos de xaxim, até voltar para casa em Jundiaí.

Em casa encontro meu pai sozinho, a mesa posta e uma garrafa de pinga meada e uma jarra de caipirinha de maracajá, perguntei por um irmão adotivo, perguntei sobre minha mãe e calado, virava o copo lentamente apesar das apressadas lágrimas.

Bom me propus resolver o problema, convencendo a família reunida, mudar para Frutal MG, onde minha mãe tinha um irmão que todos nós adorávamos. Assim lá apareceu uma garota de São Francisco de Sales, cidade que havia vivido, na lavoura dos parentes. Com pouco tempo de namoro casamos, e voltei para agora cidadezinha com jeito de cidade próspera, onde nossa família nasceu.

Com o tempo passo no concurso público de guarda, sendo chamado rapidamente. houve vários Boletins de Ocorrência, que me obriguei participar, mesmo antes do concurso público, já que havia trabalhado por conta própria criando um setor onde os moradores me pagava para talvez solidários, mesmo precisando do serviço.

E foi aí que me surpreendi com um fenômeno social, o Crack estava se espalhando no município, os zumbis já eram muitos e já brigavam entre si. Meu horário mudava de acordo com a vontade do prefeito ou dá necessidade dá vigilância em algum dos postos preservando o patrimônio público.

Cheguei ser designado para vigiar a rodoviária, onde lá concentrava os viciados determinados de Noia. Lá ainda consegui um acordos com "os caras" Noia, -oh vocês ficam até os pacientes não chegarem, já que é ponto das ambulâncias saírem de viagem ara socorrer quem tem consulta em hospitais fora da cidade, como Uberaba, Barretos e Rio Preto. Acordo feito acordo cumprido durante mais de ano de trabalho lá.

Presenciei muitas brigas, intervi em outras até experimentei a porcaria da pedra, más o acordo sempre foi cumprido. Até me pareceu uma irmandade entre os usuários, apesar das constantes brigas entre eles, e traficantes.

De lá fui transferido para outro setor, onde havia um postos de saúde, uma creche uma escola e a nova sede da prefeitura, com o Passo Municipal bem estruturado. E isso me custava rondas extensas, em circulo, que compreendia uns 800 metros em circulo, além de abrir o posto de saúde e olhar se estava tudo bem como repetia na escola municipal, na creche me sediando no Passo Municipal, como se fosse meu quartel.

Aí 65 anos e aposentadoria, agora vivo em São José do Rio Preto, em um Condomínio seguro Próximo a Centro.