Metrópole de Grande Miscigenação 

 

Varro as ruas da cidade

Mapeando o comportamento humano

Sinto um odor forte e penetrante

É de urina adormecida e constante.

 

Quase sou testemunha do ensejo

No ato do manuseio do objeto

A liberdade do alívio é tão grande

Que a ética saiu pra outro lado.

 

Eu varro as ruas da cidade

E entre prédios sinal da modernidade

Vejo correr com respiração ofegante 

Ladrões carregando bolsas e verdades.

 

Eu corto as ruas das cidades

Vejo mãos ociosas pedindo pão 

Fazendo um bom sermão 

Impondo as suas necessidades tóxicas.

 

Eu me embriago com os vícios da cidade

Falta mobilidade de caráter,

De governabilidade, de pragmatismo

De urbanização e de direcionamento.

A Educação se esvai nesse momento. 

 

Eu me assusto ao varrer as ruas da cidade

De logros, de lobos, de tolos e homicidas.

Eu choro pelas ruas da cidade

De valores retrógrados que se perdem

Da beleza visível das ruas da cidade. 

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