Na dança da madrugada
No palco da madrugada remexem-se as sombras.
O tablado sacode. Range.
Desequilibra-se. Reequilibra-se.
Espectros executam os bailados... (segredos).
Secretos, inquietos,
há os que os vêem.
Muitos se escondem.
E o tempo escorre por entre os dedos.
Areia fina... impossível contê-la.
O mundo, na girândola de seus dias,
dá o recado. Poucas surpresas.
Gigante, a roda se move...
pelo exercício de nossas mãos!
Lá de cima despencam-se alguns sem querer
outros escolhem a hora para o tombo final.
Quase todos seguem o andar da carruagem.
Tudo se acomoda... outro dia se aproxima.