Flerte em Mi MAIOR

Vejo os olhos da vida...

Hoje ela esta com olhos de Capitú.

Olhos de ressaca.

Um grande porre, enorme, forte, vivo!

Graças ao Bom Deus não será o ultimo...

Espere. Ainda não abri os olhos.

Mas já vejo os dela!

Olhos de ressaca!

Sentada a diante, vestes a se compor!

Corpo quase desnudo.

Alguém diga a essa senhora de meia idade, Dona vida!

Que não é de bom tratar que ela se porte assim!

Já disseram! Ela respondeu: Vão ter com as cigarras! Ratos de cais!

Nossa afiada a língua e o tratar da jovem senhora!

Mas dirigi-se assim aos outros não a mim!

Sempre a tive em mais alta conta, porque a mim dirimir?

Hoje ela se apresenta como um jovem senhora.

No vigor da idade.

Carnes lindas e ofegantes!

Almeja saciar seus instintos...

Do que se sacia a vida?

Já olhei pra ela antes, e não era essa jovem senhora, era um bárbaro

de dois metros e meio de altura!

Um grito tão forte que vibravam minhas vistas!

Intimidei-a com mais inocência de não temê-lo do que de qualquer

outro mérito.

A outra vista se tornou um feitor, daqueles a cavalo sempre a espreitar qualquer lida fora do campo.

Libertei-me...

Às custas de bem menos do que a morte do tal bárbaro.

Então ela se achegou como uma jovem senhora, linda!

Ainda em brilho de suas virtudes de mulher!

Flertei com ela!

Desejei-a no primeiro segundo!

E ainda ela me trata como a um restolho de poucos cobres.

Ainda a vejo em formas virtuosas! Desejo-a

Um fio forte e vivo de esperança ainda me acerca!

De onde essa moça já quase senhora se torne, um linda e doce mulher...

Que saiba ler e escrever a diretriz de sua intenção, apenas no olhar!

Que sinta a dor e o olhar dos passantes pelo falar!

Que possa somar aos desvalidos de força, a esperança que a recuperem!

Aos fracos de mente um coração de aço para se valerem de sua lança, a coragem!

Aos apaixonados um coração digno de suas odes...

E então que ela se sacie de viver...

Sim é de viver dos passantes que ela se nutre!

Pois linda mulher, não te tornes o que a jovem senhora tem no olhar!

Torna-te ao estado de meus desejos...

Ali terei banquetes de teus manjares mais desejados!

Levarei-te ao deleite, único e sincero de ser teu eu desejado...

Pois em teus olhos não mais habitará Capitu!

Nem olhares de meretriz.

Mas apenas um firme e meigo fitar, típico dos que ao mundo desejam

conhecer!

Toma-me, vida minha!

Ser teu me agrada, afaga, embriaga...

Cantarei a ti odes em Mi maior.

Toma-me...