Palavras
Hoje as palavras não me veem.
Melhor que não venham,
Ou virão de forma torta,
Enviesadas num mau-humor
Que não é meu!
Nem sempre as palavras são doces,
Ou tem a tristeza peculiar
Do amor que é bonito,
Mesmo sendo triste.
As palavras dentro de mim,
Estão desconexas hoje.
Sem eira nem beira,
Caminhando para lugar algum.
Passam pelo cotidiano da vida sem graça,
Tentam chegar aos sonhos,
Mas nem sequer os alcançam.
Voltam para vida normal.
Visitam o amor… qual amor?
Vão buscar bem na minha ferida!
Aquele que eu queria, mas não deu.
Daí logo uma tristeza se instala.
Mas como não quero ficar pior,
Logo a espanto.
Finalmente, não tendo outros espaços,
Peço às palavras que se retirem
Que me deixem sozinha então!
Que me visitem amanhã
Por favor!
Helô Silva