Esse sempre que te quero em mim...

não acaba, não tem fim...

Ah, querido teto branco, sinceramente, eu tenho aceitado bem os caminhos que a vida tem me conduzido. Você sabe de mim. Sabe o quanto é amplo o sentido de nossos diálogos. Sabe que insisto pela própria descoberta. Sabe que tenho consciência de que cuidar bem de si, às vezes, é trabalhoso. Nesse sentido, escrever é muito significativo. Escrever estimula criatividade, autoconfiança, autoestima, a coragem, o amor próprio, a cada dia vivido.

Penso que sou corajosa, atrevida e persistente. Mesmo às vezes com medo, corro riscos, enfrento os meios frios. Ouço nãos e sigo vivendo à vida.

Neste momento estou em outro processo de releitura de mim mesma. Outra autoanálise de minhas experiências até aqui, para um novo ciclo revolução solar...

Mais uma vez estou nesse processo de reavaliar meu jeito de ser e de viver a vida e, no agora, a maneira de apreciar o caminho é com total desapego, pois com a maturidade reconheço, eu nasci livre.

Então, ao reviver a paixão pela escrita, nesse trecho de “O Teto branco”, percebo o quanto sou ligada pelo cognitivo. E nessa parte do meu caminho, quero continuar sentindo tudo que me atravessa, quero ser influenciada pelo misterioso desconhecido – que me chama atenção no outro. Quero conviver mais e mais e mais...

Pois é no ato de conviver que me descubro e sou descoberta, que revejo partes minhas antes não reconhecidas, é através do outro, do contato vivo – sentido com emoção, sentimento, pertencimento, comunhão – que o aprendizado vida acontece para mim – é na troca com os outros, na relação humana que nos reconhecemos e somos reconhecidos.

Nesse tempo de agora, de modo mais fluido, retomo a intenção da menina que cedo se apaixonou pelo desenho das letras e pelas imagens nos livros infantis, mesmo sem ainda saber ler e escrever... Foi assim que tudo começou. De volta para mim, sigo abrindo meu próprio caminho, a fim de vivenciar nas letras escritas o sonho possível de realização, sem tempo marcado...

Voltei a escrever Beta – a personagem

Deixa-me ir...

Deixa-me aqui...

Sem controlar o tempo que passa e

, leva embora os fragmentos revividos

Deixa-me ir sem destino certo ou fixo

Deixa-me viver a vida do meu jeito singular

Deixa-me ser o que eu quiser

Deixa-me seguir pela vida, livre leve solta...

Deixa-me dizer o tanto que a linguagem

é para mim instrumento revelador e fortalecedor

Que eleva, inspira, estimula, renova...

Meu melhor casamento

, que causa inquietação e ao mesmo assossega o coração.

É minha força - ensinando-me que tudo é comigo mesma

, interagindo com o outro

De onde vem essa parte tão minha,

Que me aquece e me ilumina?

Ensinando-me que tudo é entrelaçado é interligado é conjunto é unido

Luta sem armas, vencimento meu, seu, nosso...

Que excita

, e que dá forças para ir além

Da imaginação

Tão plural e sem medição

Um jeito bom de arte contemplação

Meus sentidos nas letras escritas

E quanto mais recebo inspiração,

Mais comigo estou... é tão bom!

Coisa boa que Deus me deu

Escrever, escrever, escrever...

Simplesmente por prazer...]

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 18/07/2023
Reeditado em 18/07/2023
Código do texto: T7840183
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