Redigindo memórias

Redigindo memórias que saltam de minha essência bucólica, exteriorizo um mundo de imagens oníricas que dançam sobre minha consciência a música teatral da vida, revivendo o passado morto que pulsa ainda vivo dentro em mim. Abro as comportas das emoções e lembranças nostálgicas de realidades inexistentes, existentes apenas na essência de meu ser, saltam pelos meus olhos em cálidas lágrimas de gratidão. Contendo todo o passado queimando o âmago de minha existência mergulho no pélago berçário umbroso das memórias latentes na escuridão infinita do ser, e em meio às trevas misteriosa do mundo interior reencontro aqueles que amei profundamente nesta vida; sorrimos, brincamos e rodamos novamente o filme de nossas vidas. Volto-me para a realidade exterior com sensação de nunca ter perdido alguém, como se vossas existências pulsassem junto à batida de meu coração, compondo fragmentos de meus sentimentos para dar forma àquilo que hoje sou...

Sob a poeira do esquecimento todos me esperam silenciosamente; e no fim, quando a morte vier me buscar, levarás contigo não só minha existência, mas sim, a de todos aqueles que um dia amei profundamente em vida. E juntos, sob o véu do desconhecido, seremos confundidos à morte misteriosa, vivendo nas lembranças daqueles que nos amam...

Fiódor
Enviado por Fiódor em 19/07/2023
Reeditado em 21/07/2023
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