Das pétalas das Rosas ao vento

E chega manso em brisa

Se agiganta nos contornos

Batendo nas íngremes paredes

O vento que varre e açoita

Após demasiado crescimento

Pétalas das rosas caem todas

Uma a uma arremessadas ao chão

Sem motivo, culpa ou acusação

Já sem vida; mas o perfume

Enebriam todo o caminho

Da cidade aos arredores

Ali passam: alunos, trabalhadores

Mendigos, professores

Mágicos, empreendedores

Motoristas, corredores

Beatas rezando, pastores

Numa noite vazia,

Escura sinistra, pavores.

Não escapam o cão, o gato, roedores.

Todos são pegos de surpresa.

Mas seguem sua trilha.

Pai, mãe e filha

Todos independente do destino

Passam pelo caminho acarpetado

Das pétalas das Rosas

Caídas ao vento forte

Que varre do Sul ao Norte

Numa noite de agosto

Roberto F Storti
Enviado por Roberto F Storti em 31/07/2023
Código do texto: T7850156
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