Um grito pela justiça

Sem destino nos colocamos, passo a passo além do horizonte, como nuvens viajantes, brancas, negras, radiantes, buscando mostrar quem somos. Com o mesmo instituindo de servir, seguimos espalhando a névoa, que ao trombar umas nas outras, se rasgam, distribuindo as chuvas que inebriam os homens, as plantas e os animais. Então, preso no horizonte, olho o que o sistema faz: o homem se torna escravo, e sua dignidade ficou para atrás. Na rua do País o povo grita temos fome e sede de quê? Nenhuma resposta nos satisfaz, pois, temos sede de Justiça e de Paz, no entanto, essa justiça, nunca chega a quem merece de fato, pois se falta arroz no prato, se tem ausência de Paz. Então na minha cabeça, ponho as mãos e não sinto a consciência do pão, o alimento da multiplicação, onde quem, o amor tem no coração, irá perceber que se seu ter, é maior do que o seu ser, é porque tem outro ser, morrendo de fome sem ter o que comer. Parece, que tudo gira em torno da fome, pois com fome não tem vida, não tem justiça, nem paz, nem perdão, então pense, caso não tenha repartido o pão com seu irmão. Enquanto a justiça não vem a gente segue implorando, pois o amor de Deus é sem fim, não esquece de você, nem de mim, mas com o sangue que corre em nossas veias, nos faz sair para as ruas de caras feias, para gritar, esbravejar, sonhar e declamar palavras de ordem e precisão em favor do povo desta nossa Nação, esses irmãos que sonham, ver este País liberto e sem opressão. Que a ordem e o progresso, tremulada nas cores de nossa bandeira, seja a verdade fincada no chão de nossa existência, e as sementes que nascem em nossos campos, sua colheita, sejam por mãos gentis partilhadas entre os pobres deste país. Por fim, grito pela natureza, onde tombam a sua beleza, degradando as terras e suas riquezas. Então o verde vai dando lugar a devastação e a exploração, poluindo os rios e mananciais. A terra vai sangrando, sendo desfigurada pela ganância do garimpo e do minério. Os crimes das barragens que ostentou em matar a vida de irmãos e do doce, um dos rios mais belo do planeta, que inquieto e sem vida, segue seu curso enlameado pelo rejeito de minério. A vida grita, a gente agita a bandeira da justiça, na Paz que o povo acredita! Então com fé no Deus da vida seguiremos em mutirão, levando o Evangelho, sabor de nossa união.

Ledesmar José Walger

01/08/2023

Ledesmar José Walger
Enviado por Ledesmar José Walger em 01/08/2023
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