Je me suis refait

Quis tanto prender-se

ancorar em um porto seguro

encontrar seu lugar...

E foi jogada contra rochedos

sufocou suas lágrimas

misturadas a um mar de sal

Largada à deriva

de uma desventura

de um cálice de ilusões

Quis tanto prender-se

e foi solta, deixada a própria sorte

pra morrer

Até entender que nunca precisou

caminhar à sombra de alguém

Se auto pariu

Soltou as amarras

Submergiu!

E provou o doce sabor da lucidez

Adentrou pelas portas da liberdade

Das próprias entranhas, juntou-se,

refez-se de suas verdades em passos firmes,

... de falsas promessas desfez

Encheu-se de novos ares

de quem é dona do seu destino

Escreve sua história, vive sem culpa, seus desatinos

Sem comer migalhas das mãos de ninguém

Ela aprendeu caminhar com leveza

em seu chão de espinhos

A saltar as pedras em seus caminhos

a encarar seus próprios demônios

E descobriu que a loucura vista de fora,

era a roupa que que lhe caía bem.