A chuva da madrugada

O galo dá seus primeiros cantos

A saracura responde na mata ciliar.

Os dedos da mão fogem pelos buracos da rede; os dos pés, pelo lençol

(que também fora feito de "rede")!

Desperto, olho para fora, mas fora já estou.

Um vento gelado me faz tremer de frio,

Um relâmpago corta o céu escuro.

A chuva cai e afoga o canto do galo e da saracura.

Para quem pouco tem,

até a chuva trata com desdém.

Meu sono e sossego foram enxaguados!

Assis Silva
Enviado por Assis Silva em 16/08/2023
Código do texto: T7863219
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