Apertando o botão...reiniciar!
Ao me despedir de mim,
Percebo que as mãos entrelaçadas
Que tanto insistiam em me abraçar,
Sempre foram as minhas próprias.
Segurei minha mão quando
O medo se fez de amigo,
E os amigos, nunca tive.
O abandono foi sempre meu acolhimento
Para dentro de mim,
Que sozinha era minha melhor companhia.
Mas a dor me invade agora,
E eu também me abandono.
Também eu, cansei de mim.
Já não me basto mais,
E aos outros, que agora bem entendo,
Deixo a certeza de suas certezas,
E uma vaga lembrança,
Que vai se dissipar tão logo o dia chegue.
Já não quero mais,
Mas não encontro meu botão de desligar.
Como faz para desistir?
Se não o encontro, talvez seja porque
Até aqui, me falta coragem.
Então nada mais me resta,
Além de seguir,
E tentar achar um outro botão.
O de reiniciar...
Que deve estar escondido,
No mais profundo da minha alma!
Helô Silva