Apertando o botão...reiniciar!

Ao me despedir de mim,

Percebo que as mãos entrelaçadas

Que tanto insistiam em me abraçar,

Sempre foram as minhas próprias.

Segurei minha mão quando

O medo se fez de amigo,

E os amigos, nunca tive.

O abandono foi sempre meu acolhimento

Para dentro de mim,

Que sozinha era minha melhor companhia.

Mas a dor me invade agora,

E eu também me abandono.

Também eu, cansei de mim.

Já não me basto mais,

E aos outros, que agora bem entendo,

Deixo a certeza de suas certezas,

E uma vaga lembrança,

Que vai se dissipar tão logo o dia chegue.

Já não quero mais,

Mas não encontro meu botão de desligar.

Como faz para desistir?

Se não o encontro, talvez seja porque

Até aqui, me falta coragem.

Então nada mais me resta,

Além de seguir,

E tentar achar um outro botão.

O de reiniciar...

Que deve estar escondido,

No mais profundo da minha alma!

Helô Silva

Helomidade
Enviado por Helomidade em 29/08/2023
Reeditado em 09/09/2023
Código do texto: T7873493
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