SORRISO DIÁRIO

A comunicação nomeia os dias da volta, algo condicionado aos caminhos do passado.

O achar do tudo muda a dança trajada pelos cantos do ficar.

As máscaras exteriores ainda se igualam as descidas das substituições.

O erguer da realidade homenageia o intacto agora pela paz paradisíaca.

O esgotamento dos dizeres egoístas e pessoais vem no tempo amigável do haver.

É no sempre que o possuir nasce.

O não morre pelas demonstrações visuais, próximas aos olhares.

A fala floresce nas intensidades dos embrulhos.

Os versos selvagens da valentia alta encerram as lembranças estilísticas.

Inteira e física, a doçura da amargura chega no ouvir do apenas.

Os insultos soam no onde estável do amar.

Poético, o pó espanta a monotonia.

As vozes desviam visitas.

O voo da loucura pensa no querer mudo das definições.

A compra dos preços enumera os minutos do silêncio.

O calar dedilha articulações.

O novo instantâneo povoa as generalizações da alegria.

As cargas misturam o bastar com os compromissos dos sorrisos secos.

Sofia Meireles.