RESTA A CASCA
Uma greta, incomensurável vazio
Ode ao ódio latente a tanger minh'alma.
Donde brotam fleimões e ojerizas
Transcende o rebento e a calda espessa de nigérrima lama.
Profundamente ensurdecedor, plangente clarim
À baila, de saia rodada a zombar de mim...
Tal zunido exposto na fronte, no rosto.
No delgado rostro a cravar sua adaga
A sugar prima essência
Um esquife de sonhos - entreabertos.
Somos reles nozes nesse mundo de aluguel
Recheio silente e efêmero, tais os rios, tais as velas
Que acendem, ascendem, esquentam e tremulam ao vento.
A brisa do poeta não sopra mais.