Champagne

Tô cheirando a essa imunda maravilha carregada de bares e ruas perdidas em noites de luxúria,

Tô dentro dessa pálida champagne, dessa seda de bordel com espelhos no teto,

Aguardei estremecido a voz da razão, arrastando vacilações e amores que duraram um minuto,

Nessa noite gelada te dizia um te amo enquanto segurava teus pálidos seios entre minhas mãos,

E nessa irremediável historia de vacilos cabe uma piedade que pede clemência num devaneio de insônias,

Tô nessa insensatez de pasos inconstantes, de esperanças que demoram a chegar, de outras vidas que inventei, de ilusões sem magia,

Tô cheirando a outros carnavais...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 05/09/2023
Código do texto: T7878928
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.