A VER NASCER
Lançam-se palavras, proferidas ao lume
Em conluio com a desposada dor
Entre meandros e azinhagas, olor de ranço.
Porquanto haja brilho, tange nei-nei em voo circular.
No entanto, o sentimento se exaspera e dilacera
Ocultadas vozes vazias e vorazes
Clamam por teto, por perto
A ter no fim de tarde, o alento mudo.
O café da manhã...
Com honras, pesadelos e doses alcalóides...
Só há granito nas vias aéreas
Estopim roubado das cenas Dantescas
Do inferno, dos precedentes aposentados.
E se entornar mais lamúrias, refestele-se
A vida é roda, contudo prima em bater suas asas
Para além das marcas que se lhe agregam.
Rompa o lacre e faça valer!