A VER NASCER

Lançam-se palavras, proferidas ao lume

Em conluio com a desposada dor

Entre meandros e azinhagas, olor de ranço.

Porquanto haja brilho, tange nei-nei em voo circular.

No entanto, o sentimento se exaspera e dilacera

Ocultadas vozes vazias e vorazes

Clamam por teto, por perto

A ter no fim de tarde, o alento mudo.

O café da manhã...

Com honras, pesadelos e doses alcalóides...

Só há granito nas vias aéreas

Estopim roubado das cenas Dantescas

Do inferno, dos precedentes aposentados.

E se entornar mais lamúrias, refestele-se

A vida é roda, contudo prima em bater suas asas

Para além das marcas que se lhe agregam.

Rompa o lacre e faça valer!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 08/09/2023
Código do texto: T7880717
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