Reflexões íntimas
Ninguém percebia, mas ela a tudo via, sentia e percebia nas letras e melodias das músicas que ouvia, só não entendia talvez por serem em um idioma que ela não dominava, mas instintivamente a tocava.
E sofria às vezes, mas só quando doía, e só doía, quando a noite caía e trazia em si seu silêncio convidativo a descansarmos, em vez de reflexionar mazelas íntimas.
Seria ótimo essas reflexões noturnas, se quando deixássemos nossos pensamentos nos dominar pela noite adentro, tentando entender erros não cometidos intencionalmente, mas que são para os outros, motivo para nos condenar, servissem para acordarmos preparados para enfrentar o dia, de forma que acertar ou errar fosse apenas questão de entendimento.
Porque isso nos libertaria, ou pelo menos deveria.
Mas é que há dias que estamos bem, em outros estamos mal, mas não podemos nos esquecer, que em todos os nossos dias, sempre temos quem nos ame, se preocupe e vibre pelo melhor a nós.
Então, que sejam esses, os que sabemos nos amar, os primeiros a desejarmos do nosso lado, quando os dias que antecederem os dias finais de nossos dias nesta existência chegar, independente de que sejam eles bons ou não.
Isabel F M Landim a Poetisa do tempo Poetizando