Espinhos prateados

Há um boato de que estou louco, mais e que ainda escuto pequenas vozes escondidas que me chamam, mais tudo muda quando giro em devaneios e começo a devorar teu amor,

Há um boato de que sou nômade e desabitado, entre meus espaços existe um litoral solitário que me envolve nessa vasta areia de solidão e vento,

Há um boato de que estou repleto de monstros e mostruários que fermentam num espiral misterioso de linhas mal escritas, sou o caminho na pedra, a cólera serena do fogo, um arquipélago gelado de frustrações.

Há um boato de que persigo esses espinhos prateados e de que ainda fico imóvel e misterioso, talvez aquelas portas ainda não foram abertas, talvez comece tudo de novo,

E que ainda não acordei desse sonho...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 19/09/2023
Código do texto: T7889664
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