DURA LEX SED LEX

Tão auspicioso!

Parece escutar a Nona

Em temente voz

A luz esguia, a escada e o algoz.

Em nuvens tenebrosas

Dilaceradas...

A servirem da serrapilheira os perigalhos

Instante holocáustico.

Ardor flamejante

Magenta escala de ódio

Rompe o nei-nei o estro noturno

Embocadura arquitetada.

E eu a sonhar...

A viscerar

A lapidar

A enveredar por poucas

Noutras, um lapso; um cochilo.

Em vez de risos, pisoteios e migalhas

Escorridas do vértice bucal

Que inescrupulosa forma de amar!

Debalde, tenho a enxada - anelídeos em fuga

E a saga do 'gauche' azeitada palato adentro

Intoxicando, ferindo e zombando do amor.

Ora, vida!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 12/10/2023
Reeditado em 12/10/2023
Código do texto: T7907163
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