Onde iremos chegar?

Entre uma semana e outra, o azul do céu, se esconde atrás de um véu de fumaça que não tem fim. O homem se esconde da caçada de outros homens que, entre si, brigam como animais. A esperança que sempre foi verde, hoje é cinzenta, negra, cheia de chamas ardentes, e esconde a bandeira da Paz. Como não pensamos no dono da criação? Que trabalhou seis dias sem sessar, e feliz, viu que tudo era bom! O descanso do Senhor, hoje, não seria de contemplação! Assim, caminha o mundo sem direção, entre guerra e destruição. A energia do homem na busca da energia da ambição. O petróleo, sangue negro das máquinas, é um grande vilão. Quem juntar mais galão é que vai dominar as nações. Tudo caminha para um caos: a seca que para embarcações, as etnias que perdem suas culturas, as queimadas que assoleiam o chão, a fome das famílias sem pão, as geleiras dissolvidas, inundando, causando devastação, as árvores tombando nesta grande exploração, as escavações criminosas de cristais, minério, ouro e rochas ornamentais, um rio doce que morre pelo rompimento de barragens, etc. Então, eu retorno a cena do criador que tudo fez por amor. Que fez o homem perfeito, pois da sua própria imagem e semelhança nós fomos feitos. O Senhor nos fez para ser feliz, colocou-nos no paraíso que Ele quis. Entre som de harpa recitada pelos gorjeios dos passarinhos, num bailar dos animais em terra firme e no mar pelos corais. Como o Senhor pensou em tudo, até na solidão. Criou a mulher, uma companheira e amiga, que encheu o vazio de nossos corações. Tudo isso nos fez por amor! E quando percebeu que tínhamos nos perdidos, Ele, nos envia seu Filho, e todos nós sabemos, como nós o recebemos e o que com Ele fez. Para nós, cristãos, a sua morte não foi em vão. Há um novo paraíso, diferente deste chão, um céu iluminado de paz e de perdão, onde não se morre mais, pois é vida eterna, é ressurreição. Então, não sou o justo que quero ser, nem perfeito como gostaria de ser, e como Paulo se questionou, também questiono meu ser. “Porque faço o mal que não quero, e não o bem que eu quero fazer?” Portanto, percebo que somos todos iguais lutando para manter esse equilíbrio dentro do nosso ser. Não desanimemos, as soluções para a paz do mundo, só acontecerá quando o bem predominar sobre a maldade do nosso coração. Quando rasgarmos nossos corações à partilha, ao respeito a vida e a natureza.

Ledesmar José Walger – 31/10/2023

Ledesmar José Walger
Enviado por Ledesmar José Walger em 31/10/2023
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