AQUI ESTOU

 

 

Aqui estou... Debruçado nesta extrema emoção inquieta! Aqui me presto em ser quem sou junto da poesia. Já me sinto ser capaz de olhar ao horizonte. Forjado na sincera ânsia dimensionada da louca sensatez de um poeta. Sinto-me refém da escrita!... Viciado nas letras que me assaltam o pensamento onde trafego dentro das veias. Os venenos das paixões no quente e rubro sangue que me fervilha inquietude a cada momento. Poderei até quem sabe um dia, ser como um céu infinito!... Ou apenas poderei ser o que mais ninguém é, um eco no fundo do nada, esquecido, Ou um solitário instante na boleia do vento. Serei apenas tudo dentro de mim no silêncio do meu grito. Não deverei pensar somente que sou tudo aquilo que alguém pensa!... Estando eu tão rodeado de mim, sinto as severas prisões da liberdade! Sinto que não enxergo mais nada para lá das grades das almas. Que me vestem de sombras nas vagas calmas. De um azul chão, da minha encrespada missão. Só sinto esta obrigação de mim próprio,que me acarreta e me cicatriza a carne, que um dia será apenas pó. Já não sei se sei ser mais real! Não porque pense ser imortal, mas porque sonho! E o que seria dos homens sem sonhos? Eu ainda vivo sonhando nos devaneios da poesia... Em poesias de várias cores e sabores de dores (as minhas dores) ou dos amores, num céu repleto de ninfas e utopias de alegrias. Poesias, tristezas, alegrias e mais poesias, a alma do verdadeiro sonhador exposta em cada momento do seu imprevisto tempo. Sei que um dia, serei apenas uma mera recordação. Ou como um mito, uma ilusão... Um fim de um sonho lindo, ou um ultimo verso de um poeta apaixonado!

 

 

Uma linda Interação da Poetisa 

AdriSill

 

 

INTROSPECTO

 

 

 

Introspecto

 

Estar tão abastado de si, nessa introspecção genuína que transborda em palavras - assim é quem se deixa levar pela escrita autêntica daquilo que se é e diz. Talvez existam muitos questionamentos porque quando escrevemos mergulhamos em uma profunda terapia. Descobrimos a cada dia, sentimentos que estavam fechados, e com as pontas dos dedos abrimos o baú. Elas saem como músicas, outras como alívio ou dúvidas, porém isso não importa. É inegável que ao transmutar um dom concordante com aquilo que se conforta em ser vira bálsamo, e pelos aromas, vielas, esquinas e quarteirões da escrita, aconteça um teletransporte para um novo mundo de possibilidades. Nessas descobertas, o que importa é sempre estar preenchido de si. E que nas mãos silentes, a compreensão possa falar e os ouvidos do que se identifica possa sempre acolher.

 

AdriSill

 

https://www.recantodasletras.com.br/duetos/7923627