Da ausência e da Intenção

De que faltam palavras porque tudo é finitamente infinito e não há como dizer melhor quando nada há para expor. Que os outros são enquanto eu performo ser - sem estádio, eu diria, do parecer. E de tudo muito pequeno que eu me sinto, na terrível caixa cinzeta, as bordas se somem no extremo ver -à procura do intraultrapassar-se. E não houve morte que não levasse vida à boca dos vermes-versos que vos cuidam. Pois se uma gota de água cai na terra, ela morre água para tornar-se terra-nutriente-planta-oxigênio-fim-sem-fim.

O salvador não há tanto quanto não são minhas lágrimas. Pois nem mesmo eu sei a quem ser.

Como se caber fosse a própria noção -da ausência e da intenção,

dos objetos trazidos à mente que se encontram longe, bem longe daquilo que entremeia

-a percepção.