ÉS MINHA GÊNESE!

Amo

Ah, como amo!

Não entendes, nunca amaste.

Sustenido em minh'alma a vagar

Quantas nuances!

Tais matizes a compor adágios

Em polvorosa.

Suponho a rosa ruborizando

Sóis a me reverenciar

Liras a escorrerem pelas colinas

Uma adaga sem cabo, um solo vil.

O amor inflama

Tangencia o ser

Impõe maltrato ao paladino.

Mas, uivamos ao tempo

Enquanto sois aos sete ventos, haste a perambular.

Não envergo carta

Nem navego à bússola

Sigo estrito, sob jeito franco e silente.

Que me apedrejem pelos flancos!

Lancem sérias ojerizas sobre mim

Açoitem minhas soturnas luas...

Não me avexo!

Hei de amar para além da eternidade

A musa única de toda uma vida:

A verdadeira princesa, dona dos meus dias...

Minha adorável e insubstituível Ana!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 17/12/2023
Reeditado em 17/12/2023
Código do texto: T7956071
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