ÉS MINHA GÊNESE!
Amo
Ah, como amo!
Não entendes, nunca amaste.
Sustenido em minh'alma a vagar
Quantas nuances!
Tais matizes a compor adágios
Em polvorosa.
Suponho a rosa ruborizando
Sóis a me reverenciar
Liras a escorrerem pelas colinas
Uma adaga sem cabo, um solo vil.
O amor inflama
Tangencia o ser
Impõe maltrato ao paladino.
Mas, uivamos ao tempo
Enquanto sois aos sete ventos, haste a perambular.
Não envergo carta
Nem navego à bússola
Sigo estrito, sob jeito franco e silente.
Que me apedrejem pelos flancos!
Lancem sérias ojerizas sobre mim
Açoitem minhas soturnas luas...
Não me avexo!
Hei de amar para além da eternidade
A musa única de toda uma vida:
A verdadeira princesa, dona dos meus dias...
Minha adorável e insubstituível Ana!