Assim na terra

Esse querer sentir o gosto de mim,

me faz andar estradas tão longas.

Muitas vezes à pé, em carro de boi ou em carroças até.

Aqui, o solo é árido e poeirento,

com léguas de caatingas e cheiro de alecrim.

Nesse chão me fiz e esse chão me faz.

Mangabeiras ao lado da estrada,

sempre me ofereceram

as mangabas mais doces.

E umbuzeiros me ofertavam suas copas

para deliciar-me em sombras e brisas.

Sou mesmo do interior,

Vivo em estado de contemplação

e também de aflição, coisa à-toa...

Não me importo com a sorte.

e não rimo sorte com morte.

Apenas sigo, procurando o verdadeiro amor.

zilma Damasceno
Enviado por zilma Damasceno em 19/12/2023
Código do texto: T7957217
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